Descontínuo Reverso

Fotografia: Chema Madoz (Espanha, 1958).

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Noturno


Foto: Man Ray (Estados Unidos, 1890-1976).

A Garganta da Serpente: http://www.gargantadaserpente.com/toca/poetas/priscilamiraz.php?poema=3

Deitada ao contrário na cama,
cabeça pendurada
e vaga,
leve pressão da madeira na nuca,
raivosamente ignorava o que dizia você lá do outro lado,
e distraía o que fosse de pensar
com o cuidado trabalho dos dedos nos cabelos,
fazendo e desfazendo o trançado.
Sua voz sem sentido pungia nos ouvidos,
enquanto os olhos caíam à margem das palavras,
pesados de sono e desistência.
Assim,
som sem rosto,
foi você naquela noite
a certeza da obrigatoriedade da mentira.

7 comentários:

Anônimo disse...

C-a-r-a-l-h-o!

Adoro dizer palavrões

E-s-t-a-p-a-f-ú-r-d-i-o!

Ops!
Saiu outro...

Amei seu trabalho!

Anônimo disse...

Tem um amigo..
aqui comigo..
que tbm amou...

"Poeta"-disse.

Só. Depois ele escreve.

Não serei alcoviteira...

hihi
curiosa?

priscila miraz disse...

tb adoro os palavrões. brigada por dizê-los. espero que agora que sabe o caminho, venha sempre.
e é claro que fiquei curiosa!!!

Anônimo disse...

As minhas mãos se partem, dormem no murmurar do vento, voa fantasia com o monstro que guardo nos sonhos. Será eu esta sombra que leio? Ai, cai a noite e a lua tá cheia, os passos se perdem indefinidose e não sei o que dizer de seus versos....

priscila miraz disse...

seja bem vindo, silvio.

Anônimo disse...

Gosto muito de te ver assim...você sabe disso!
Jef
Comentei outro dia e esqueci de assinar.

priscila miraz disse...

bom saber que tem vindo, jef. continue. anônimo ou não.