Descontínuo Reverso

Fotografia: Chema Madoz (Espanha, 1958).

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Rodoviária


Foto: Manuel Álvarez Bravo (México, 1902-2002).


A dona Zeli enchia o espaço ao redor do orelhão com a sua boca sem dente algum, com seus pés bailarinos de desespero sem calçado algum. Dona Zeli era a protuberância do espaço de trânsito. Era o estável no seu desalento chorado à pinga. Fez o homem sério ao meu lado se mudar. Tentou antes algum olhar cúmplice comigo. Encontrou meu encanto desarmado borboleteando dona Zeli.

2 comentários:

Unknown disse...

Me lembrou um bêbado que exalava um cheiro de Zeli. Vinha perto de mim e não encontrava espaço. Até que recebeu seu olhar cúmplice, se aproximou e me disse: “você é bonita, mas ela é muito mais”.

priscila miraz disse...

rsrsrsrsrsrsrsrsrs
essa foi ótima!!!!