
O cotidiano se povoando de visões: alucinações de sons e imagens. O espelho da cômoda multiplica a diferença marcada, pontuada, interrompida. Repassa gritante na superfície que reflete os nós, os traços que foram e serão, numa ausência aterradora do que é. Nas laterais, espelhos retangulares, menores e reguláveis possibilitam ângulos, apostas, encaixes, no revirar dos pedaços. Nesse rogo desesperado de minha orfandade, me alcança um jogo de montar.